Cheguei à terrível conclusão de que o nada não existe, simplesmente. É meio confuso, mas pare pra pensar: o nada costuma ser algum lugar, mas nesse caso ele não pode ser o nada, porqu ele vai ser um lugar.
Quando pergutamos se tem alguma coisa em determinado lugar, as pessoas [me incluindo nesse meio] tem o hábito de responder: não tem nada aqui não! Mas sempre tem, mesmo sendo coisas difíceis de ver, sempre vai ter alguma coisa.
Concluí então, que nesse último caso, o nada é como se fosse o tudo, porque antes de dizer que tem nada, dizemos que não tem. Seria então o nada o sinônimo do tudo? Essas coisas me incomodam...
sábado, 31 de maio de 2008
segunda-feira, 26 de maio de 2008
quarta-feira, 21 de maio de 2008
segunda-feira, 19 de maio de 2008
domingo, 18 de maio de 2008
olhei até ficar cansado de ver os meus olhos no espelho
Chorei por ter despedaçado as flores que estão no canteiro
Os punhos e os pulsos cortados
E o resto do meu corpo inteiro
Há flores cobrindo o telhado
Embaixo do meu travesseiro
Há flores por todos os lados
Há flores em tudo o que eu vejo
A dor vai curar essas lástimas
O soro tem gosto de lágrimas
As flores tem cheiro de morte
A dor vai fechar esses cortes
FLORES
FLORES
As flores de plástico não morrem
OS TITÃS - Flores
terça-feira, 13 de maio de 2008
Morava perto da Vila Militar, e no alto dos seus três anos ficava grudado na janela do quarto observando os soldados marchando alinhados. Ficava só olhando. Olhando, olhando e sonhando.
No natal, ganhou uma caixinha com um monte de soldadinhos, e agora, todo dia depois de assistir a marcha, tarefa já obrigatória e automática, ele ia marchar com seus solddinhos. Alinhava-os em fila e logo tirava todos do lugar, só pra depois ter o gostinho de colocar todos, um por um, na ordem que queria.
Cresceu assim, marchando: ora pela janela, ora sentado no chão do quarto com montes de soldadinhos que ele agora ganhava todos os anos.
Aos sete anos já inventara apelidos e nomes de guerra para todos os soldados. Fossem eles reais, os que ele via sempre pela janela, fossem eles os de plástico. Não interessava. Todo soldado tem que ter nome de guerra, senão não é soldado.
Mas o tempo passou, e o menino, já havia se acostumado a muito tempo com sua marcha diária. Mas ele se mudou. Mas não se mudou pra longe. Ele morava agora há duas quadras de distância do prédio antigo. Agora não tinha mais a vista para o campo onde os soldados marchavam. O garoto ficou deprimido. Passava horas marchando com seus soldadinhos, mas se sentia só por não ter os soldados de sempre marchando do lado de fora da janela. Eles já haviam se tornado seus amigos, mesmo sem se conhecerem. E ele já nomeara cada um de lá.
O tempo passou, e ele acabou se acostumando. Um dia, quando voltava sozinho do colégio, agora com seus 11 anos recém-feitos, passou novamente pela frente do colégio militar, do qual ele nunca esquecera. Quando estava passando pela porta, viu um dos oficiais sair. Ele olhou admirado. Nunca imaginara como seria encontrar-se com um soldado, assim, frente a frente. O soldado não deu muito bola pra ele. Mas ele havia ganhado o dia.
No natal, ganhou uma caixinha com um monte de soldadinhos, e agora, todo dia depois de assistir a marcha, tarefa já obrigatória e automática, ele ia marchar com seus solddinhos. Alinhava-os em fila e logo tirava todos do lugar, só pra depois ter o gostinho de colocar todos, um por um, na ordem que queria.
Cresceu assim, marchando: ora pela janela, ora sentado no chão do quarto com montes de soldadinhos que ele agora ganhava todos os anos.
Aos sete anos já inventara apelidos e nomes de guerra para todos os soldados. Fossem eles reais, os que ele via sempre pela janela, fossem eles os de plástico. Não interessava. Todo soldado tem que ter nome de guerra, senão não é soldado.
Mas o tempo passou, e o menino, já havia se acostumado a muito tempo com sua marcha diária. Mas ele se mudou. Mas não se mudou pra longe. Ele morava agora há duas quadras de distância do prédio antigo. Agora não tinha mais a vista para o campo onde os soldados marchavam. O garoto ficou deprimido. Passava horas marchando com seus soldadinhos, mas se sentia só por não ter os soldados de sempre marchando do lado de fora da janela. Eles já haviam se tornado seus amigos, mesmo sem se conhecerem. E ele já nomeara cada um de lá.
O tempo passou, e ele acabou se acostumando. Um dia, quando voltava sozinho do colégio, agora com seus 11 anos recém-feitos, passou novamente pela frente do colégio militar, do qual ele nunca esquecera. Quando estava passando pela porta, viu um dos oficiais sair. Ele olhou admirado. Nunca imaginara como seria encontrar-se com um soldado, assim, frente a frente. O soldado não deu muito bola pra ele. Mas ele havia ganhado o dia.
segunda-feira, 12 de maio de 2008
O Círculo - Depois de ver
Era a casa
Era luz
Eram pais e irmãos
Mas era só um lado do mundo
Era só esse que eu via
Era deus
Era igreja
Era culpa
Era dor
Mas era só um lado do mundo
O outro eu desconhecia
Era a ordem era prova
Era o estudo e o uniforme
E o futuro
E o futuro... ...
Mas era tudo incompleto
E eu faço parte do mundo
Eu só cheguei a mim mesmo
Depois de ver
Era luz
Eram pais e irmãos
Mas era só um lado do mundo
Era só esse que eu via
Era deus
Era igreja
Era culpa
Era dor
Mas era só um lado do mundo
O outro eu desconhecia
Era a ordem era prova
Era o estudo e o uniforme
E o futuro
E o futuro... ...
Mas era tudo incompleto
E eu faço parte do mundo
Eu só cheguei a mim mesmo
Depois de ver
sexta-feira, 9 de maio de 2008
Não sei bem se aquilo era sol ou chuva
Nem sei se eu já comi saltenha
muito menos sei se é bom mastigar caroço de uva
Já vi muitas flores
Mas até hoje não sei qual é a papoula e qual é
o nome daquela que tem a petala toda violeta
Nunca vi o tal do Che Guevara muito
menos saí daqui
Faço somente isso:
vivo contente na ignorância
sabendo a cada dia um pouco do nada.
De que vai adiantar saber tudo,
se quando morrer vou esquecer?
ou será que não?
E se minha chance se frustrar?
Bah... É melhor nem pensar nisso.
Nem sei se eu já comi saltenha
muito menos sei se é bom mastigar caroço de uva
Já vi muitas flores
Mas até hoje não sei qual é a papoula e qual é
o nome daquela que tem a petala toda violeta
Nunca vi o tal do Che Guevara muito
menos saí daqui
Faço somente isso:
vivo contente na ignorância
sabendo a cada dia um pouco do nada.
De que vai adiantar saber tudo,
se quando morrer vou esquecer?
ou será que não?
E se minha chance se frustrar?
Bah... É melhor nem pensar nisso.
quarta-feira, 7 de maio de 2008
e o que será a onda?
talvez o farelo do biscoito, aquele que quebra e sempre se esfarela, deixando um gostinho bom na boca;
Borracha
escrevo, apago, escrevo, apago, escrevo, apago, escrevo, apago tudo de novo.
Ainda bem que a tecla do computador não termina tão fácil quanto uma borracha...
Ainda bem que a tecla do computador não termina tão fácil quanto uma borracha...
Assinar:
Postagens (Atom)